Quem sou eu

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Sou pisciana e carrego todas as características que o signo impõe.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

AVE

A ave voa sem pressa
Entrecorta o céu
Com seu peito amarelo
Pousa num galho de árvore
E solta seu belo canto

A ave repousa sem pressa
Apenas olha
Para um lado e outro
A procura de um inseto
Que possa lhe alimentar

A ave volta a voar
Lindo seu vôo no ar

A ave

A ave voa sem pressa
Entrecorta o céu
Dá um espetáculo sublime
Mas sabe - ninguém a notar!
E a ave, a voar

Mas há um olhar
Sim, um olhar distante
Quase sem vida
Quase um último suspiro
A contemplar a ave

A ave voa sem pressa

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SEXTA FEIRA

Um monte de coisas pra fazer, levantei cedo, comecei cedo hoje - pra ver se tudo termina logo, pois adoro ficar em minha rede pra lá e pra cá.

Oba, estou de férias - finalmente!

Acordei cedo hoje, junto com as galinhas, diriam os mais experientes - acordar cedo é legal quando não se tem o que fazer, mas quando se acorda cedo por obrigação é um horrorshow.

Apesar das circunstâncias, acordei cedo e me sinto bem, não por obrigação, mas pelo belo prazer de ver os primeiros raios de sol surgirem, rasgando o véu negro da noite, as nuvens alvas da madrugando sendo substituidas pelo céu azul, como meu querido David Bowie disse "O planeta terra é azul e não há nada que eu possa fazer..." dá até vontade de chorar por constatar minha quase insignificancia perante os acontecimentos, perante coisas grandioas que estão em nosso redor, as vezes me sinto uma partícula mesmo, ai tenho que me lembrar que "Todo homem e toda mulher é uma estrela".

O constante exercício de voltar a sí.

Hoje é sexta feira, quem sabe eu possa me libertar - essa foi boa né. Mas se eu me libertar talvez vá ao mesmo lugar de sempre, falar com as mesmas pessoas de sempre, porém me sentirei perfeitamente feliz.

Bom dia minha querida Virgínia, até agora só você teve coragem de me ler constantemente.
Obrigada!
Beijo querida.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

AMIZADE

Amizade delícia - Priscilla e Patrícia
Amizade fantástica - Rejane e Márcia
Amizade sapeca - Jalna e Leca

ALEGORIA

Nossa paixão é uma alegoria
Moldada por nossas mãos
Cheia de tristeza e alegria
Cheia de personificação

Nossos olhos quando se encontram
Se enchem de admiração
Como numa valsa - dançam
A beleza de nossa paixão

Mas este sentimento alegórico
Tira nosso ar, nos sufoca
Como um ritual melancólico

Como se fosse uma brisa fria
Cheia de sentimento bucólico
Cheio de dor e agonia

SAUDADE I

São iguais todas as tardes
O sol quente arde alto no céu
Meu pensamento cheio de saudade
Por um amor grande e que morreu

O vento não alivia nada
Apenas traz em sua brisa
Uma saudade grande e danada
De tanto amor, tanta carícia

Os carinhos que se foram
São momentos que passaram
De um tempo bom e feliz

Se esse tempo não pode voltar
Viverei triste a vagar
Cheia de lágrimas a chorar

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.



Os versos que te fiz


Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.


Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder ...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !


Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda ...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !


Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

UM SORRISO PRA DISFARÇAR COM PLATINADOS - a crônica de um show

Sua vida era uma lama, mas algo a alegrava, o pé de papoula em frente a sua casa. Vez ou outra arrancava uma flor e sugava o mel adocicado entre o talo e as pétalas. E sorria um sorrisinho meio sem graça para si mesma e fingia que o mundo era uma maravilha. Outro dia foi ao cabeleireiro, folheou revistas ilustradas com variados cortes, desistiu de todos, dá só uma aparada nas pontas mesmo... Morria de medo de mudar, tudo nela já estava enraizado, inclusive o “sorrisinho”.
A+B=B+A
Fomos em casal para o show da Platinados, novamente um sorrisinho pra disfarçar, adorava aquele barzinho, várias pessoas conhecidas e graças as forças ocultas lá tinha umas amigas, mas amigas de verdade, de vários anos e tal, umas pirações... Fomos praticamente os primeiros a chegar, sem intenção vimos algumas pessoas chegarem também, mas melhor dissimular e fazer de conta que nada estava acontecendo, põe um sorriso na cara, ficamos um tempão conversando com Shirokuma e o Tony. O Klinger nos presenteou com as entradas francas, isso foi legal, então pensamos, estamos no lugar certo, deixa a noite rolar, mais gente chegando, a Deusa, A Mar com Andréia, depois a Rê a Erica. Queria pedir Socorro, mas a vida corre rápida, deixa rolar. Clóvis e Julia atenciosos – valeu, a casa estava ficando lotada, esperei a Karla chegar, minha amiga de Orkut, foi à primeira vez que nos vimos pessoalmente, chegou a Jalna, minha amiga estava bela – como sempre, também com um sorriso nos lábios, mas até que nos entendemos, Clovis subiu no palco e disse que o show iria começar, palpitação... Não sei como esse processo se dá – o de gostar, porém de uma coisa tenho certeza gosto muito da Platinados, tenho recordações legais de pessoas legais, de uns ensaios da banda na casa de estudante universitário, o Abajur, a festa do Abajur – umas gargalhadas gostosas, tempo bom, coisa pra guardar mesmo dentro do nosso baú de memórias, a banda está no palco agora, dei um abraço no Afrânio e Gleyce, tava tomando uns “latão de Skol”, bom. Procurei lugar bom pra ficar, achei melhor ficar na frente do palco mesmo com a Apoena, minha amiga das locações artísticas, pulei muito, gritei muito, cantei muito, muito mesmo, com Apoena juntas cantamos ao microfone – foi legal, Rê subiu no palco, ei garota não se vá. Rê... o seu rebolado e a sua saia curta, eu já não sei o que fazer... Rê tudo foi muito bem amiga, te gosto, tudo vai dar certo. Itacoatiara, vamos baby vamos pirar em Itacoatiara... O público foi mais uma vez a loucura com o hino da banda, e o show acabou, mas a noite continua...
A+C=C+A
No sábado de manhã as flores vermelhas contrastam com o céu nublado, cinza. Uma chuva fininha mudava a paisagem da mata, as galinhas encolhidas com as penas molhadas e os pintinhos debaixo de suas asas. O vento frio entrava pela janela e refrescava até a alma, melhor, gelava, o olhar vai longe, o pensamento distante, os cabelos embaraçados, a rua deserta e molhada, praticamente todas as casas fechadas, um sonzinho de Pretenders, café quente com creme craque, de volta a janela, aos pensamentos a solidão com si mesma, sua melhor companheira, passa um carro espirra lama, sua vida era uma lama embaçada, misturada com o frio da chuva fina no sábado de manhã, agora sem sorriso pra disfarçar.
A+D=D+A

sábado, 13 de fevereiro de 2010

MORTIFICAÇÃO - para uma triste história de amor (Marília de Dirceu)

Que história mais triste de contar
Como um conto de Lygia Fagundes Telles
São tantas lágrimas pra chorar
Tanta tristeza de se ver
Como querer morrer

É como noite sem luar
Rio sem navegar
É como ao invés de sorrir
Só chorar... só chorar...

Uma história de aflição
Cheia de tanta ansiedade
Uma espécie de mortificação
Que enche a alma de saudade

História essa muito triste
Que todos hão de convir
Somente a morte é que insiste
Em nos conduzir

CONSOLO

Á noite olhei para o céu
Vi como estava bela a lua
As estrela como um carrossel
Clareavam toda a rua

Pensei em te beijar
Mas longe estavas de mim
Pus-me então a chorar
Como se a vida estivesse no fim

Cantei então uma poesia
De Álvares de Azevedo
Na solidão de minha agonia
Pensava e sentia medo

Mas que bom, logo tudo passou
Como ficar atormentada
Pensar em quem me tem tanto amor
É pra deixar-me consolada

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

SOLIDÃO

O banzeiro do rio
Leva o barco pra lé e pra cá
Sinto um arrepio
Uma vontade de chorar

Uma grande solidão
Ressalta do meu olhar
Um aperto no coração
Uma vontade de mergulhar

Cair nestas águas escuras
Ir nelas e nunca mais voltar
Nas águas do Rio Amazonas
Esse imenso rio mar

Cair neste banzeiro
Não seria a solução
Pois esta tristeza, este desgosto
Ñão sairia do coração

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

FELICIDADE

Estou perdidamente apaixonada
Teus olhos quero beijar
Mas, de ti não recebo nada
Além do desprezar

Essa paixão me corrói o peito
É a causa da minha tristeza
Choro todas as noites, quando deito
A imaginar como seria a beleza

De ter-te tranquilo em meus braços
A beijar-te o rosto
Acariciar inteiro teu corpo

Dar-te todos os meus abraços
Livrar-me da fragilidade
Inundar-me de felicidade

O ANJO

Espero com toda certeza
O anjo lilás vim me buscar
Em seu abraço pureza
A me amar... a me amar...

Este anjo que espero
Tem olhos de alegria
Vai me livrar do desespero
Da agonia... da agonia...

Meu anjo salvador
Cheio de graça angelical
Vai me levar todo mal

Tão cheio de amor
Me levará para sempre daqui
Até o fim... até o fim...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

VULTO

O ruído do vento
Que vem de lugares longínquos
Traz tua imagem em meu pensamento
Em meio a lágrimas e soluços

Tua imagem vem em sorriso
Que arrepia todo meu corpo
Parece um vulto, um presságio
Em meio a lágrimas e soluços

Minhas mãos ficam geladas
Meu olhar é como um susto
Quando mira este vulto

A me olhar em gargalhadas
Como se de mim estivesse zombando
Me aniquilando... me aniquilando...