Essa chuva que cai sem parar
Molha tudo, as casas, a rua
Parece meus olhos de tanto chorar
Sentindo tantas saudades tua
Essa chuva lava minha alma
Leva para longe meus pensamentos
Vou ficando assim, calma
Lembrando apenas bons momentos
Mas, que chuva, que tanta água
Parece o mundo cheio de mágoa
Parece a ira da natureza
Vamos deixar nascer a flor
Numa bela planta, cheia de amor
E esquecer tanta tristeza
Quem sou eu
- Déborah Carla
- Sou pisciana e carrego todas as características que o signo impõe.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
QUERIDA
Minha avó Maria de Nazaré
Sempre quero me lembrar
Seu esposo senhor João José
Comigo irei sempre levar
As mais ternas lembranças
Desse tempo de tanta felicidade
De quando nós éramos crianças
Meus irmãos e eu - traquinagem
O grande quintal para correr
O pé de abiu para subir e pular
Jamais esses dias irei esquecer
E se dá vontade de chorar
Por um momento me ponho a lembrar
De minha avó tão calma a me acariciar
Sempre quero me lembrar
Seu esposo senhor João José
Comigo irei sempre levar
As mais ternas lembranças
Desse tempo de tanta felicidade
De quando nós éramos crianças
Meus irmãos e eu - traquinagem
O grande quintal para correr
O pé de abiu para subir e pular
Jamais esses dias irei esquecer
E se dá vontade de chorar
Por um momento me ponho a lembrar
De minha avó tão calma a me acariciar
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
SAUDADE
Nunca mais quero te ver
Te ver e não te tocar
É como querer morrer
É estar sozinha a sufocar
Nunca mais quero teus beijos
Nunca mais quero chorar
Foi como um sonho, um desejo
Foi como me libertar
Para sempre serás saudade
Que marca no coração
Um misto de mentira e verdade
Que traz tanta emoção
Lágrima alguma dirá
Tudo o que foi sofrido
Um dia o sorriso virá
Pra lembrar o que foi lindo
Ilustração: aquarela de Adelino
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
AMARGURA II
Ví-te um dia tão natural
Nada havia para reparar
Entre todos era igual
Em tudo, até no caminhar
Ví-te um dia assim como és
Uma pessoa, um ser da natureza
Cheio de defeitos e qualidades
Com maldade e beleza
Hoje o dia é diferente
Como uma agonia, uma demência
Pois em meio a tanta gente
Não o encontro, perco a paciência
Hoje o dia é só tormento
São lágrimas e amargura
Pois em todos os meus pensamentos
Só procuro as sepulturas
Nada havia para reparar
Entre todos era igual
Em tudo, até no caminhar
Ví-te um dia assim como és
Uma pessoa, um ser da natureza
Cheio de defeitos e qualidades
Com maldade e beleza
Hoje o dia é diferente
Como uma agonia, uma demência
Pois em meio a tanta gente
Não o encontro, perco a paciência
Hoje o dia é só tormento
São lágrimas e amargura
Pois em todos os meus pensamentos
Só procuro as sepulturas
domingo, 24 de janeiro de 2010
AMARGURA I
Por entre as flores das árvores
Pousam belas borboletas
E no casto céu voam aves
E no chão uma fila de formigas pretas
O vento baila e embala os galhos
Meus cabelos ficam a balançar
Pendem lágrimas dos olhos
Diante de tanta beleza e pesar
Belos sonhos, lindos pensamentos
Que afligem no coração
Tornar-se-ão todos em tormentos
Não resta não, salvação!
Olhar tanta beleza
E ter no peito só amargura
Mas, um dia toda esta natureza
Estará em minha sepultura
Pousam belas borboletas
E no casto céu voam aves
E no chão uma fila de formigas pretas
O vento baila e embala os galhos
Meus cabelos ficam a balançar
Pendem lágrimas dos olhos
Diante de tanta beleza e pesar
Belos sonhos, lindos pensamentos
Que afligem no coração
Tornar-se-ão todos em tormentos
Não resta não, salvação!
Olhar tanta beleza
E ter no peito só amargura
Mas, um dia toda esta natureza
Estará em minha sepultura
PAIXÃO
Para ti toda a minha paixão
Todo bondoso sentimento
Somos almas em eterna união
Nem a morte trará o esquecimento
O vento sopra um murmúrio
Meus olhos se enchem de lágrimas
Como estar à porta dum cemitério
A esperar alegrias póstumas
Vou sempre à vida a suspirar
Esperando os beijos teus
Não posso mais esperar
Nem pensar em adeus
Correrei em tua direção
Com o corpo todo a tremer
És o dono do meu coração
Contigo nada tenho a temer
Todo bondoso sentimento
Somos almas em eterna união
Nem a morte trará o esquecimento
O vento sopra um murmúrio
Meus olhos se enchem de lágrimas
Como estar à porta dum cemitério
A esperar alegrias póstumas
Vou sempre à vida a suspirar
Esperando os beijos teus
Não posso mais esperar
Nem pensar em adeus
Correrei em tua direção
Com o corpo todo a tremer
És o dono do meu coração
Contigo nada tenho a temer
HISTÓRIAS DE ÁGUAS MORTAS - Projeto
LÁGRIMAS
Todas as luzes estão acesas, a música toca no velho aparelho dando uns estalos de vez em quando, coisa de disco velho.
Passos viciados em redor do quarto, cabelo despenteado e pensamentos nebulosos na cabeça. Uma imensa dor rebenta peito adentro, tomando conta de todos os sentidos, uma coisa de desespero, uma coisa de tristeza, amargura, escuridão interna.
Apagan-se as luzes agora, é hora de tentar adormecer, a cama, o teto, tudo rodopiando em nuvens de fumaça, incenso no ar, hora de sonhar.
A alma tenta se libertar, se atirar precipício abaixo, quer voar. Dizer não as amarras, não aos comandos, não a bestificação.
Alma liberta quer sair.
Os sonhos chegam indefinidos, imagens que vão se formando em partes desiguais, rostos desconhecidos, lugares ignorados, pesadelo.
Não há mais música no quarto, somente o frio impera, o frio e a melancolia, paredes cheias de musgos, um cheiro abafado e sem vida, travesseiro companheiro inseparável, e lágrimas que formam imagens no rosto.
sábado, 23 de janeiro de 2010
ACALANTO
Não posso te esquecer
São dias e noites em claro
Como se quisesse morrer
E nunca cessar este choro
Passar a vida chorando
Sentindo tanta saudade
Querendo-te, pra sempre querendo
Não ter-te é muita maldade
Serás sempre meu bem
Guardado dentro do peito
Onde eu for, irás também
Minha paz, meu acalanto
Só tua voz me acalma
Os teus beijos me embalam
És o dono da minha alma
Dos braços que me salvam
São dias e noites em claro
Como se quisesse morrer
E nunca cessar este choro
Passar a vida chorando
Sentindo tanta saudade
Querendo-te, pra sempre querendo
Não ter-te é muita maldade
Serás sempre meu bem
Guardado dentro do peito
Onde eu for, irás também
Minha paz, meu acalanto
Só tua voz me acalma
Os teus beijos me embalam
És o dono da minha alma
Dos braços que me salvam
AGONIA I
Perco-te em meus olhos
Que andam somente a tua procura
São como folhas perdidas
Que encontram a amargura
Em minhas mãos ficaram as marcas
Do calor do corpo teu
Como uma ferida em brasa
De um sonho que morreu
Mas, como esquecer este sonho?
Durmo e acordo todos os dias
Pensando um pensamento tristonho
Que me amarga em agonia
Espero o dia chegar
Com esperança e amor
Ter os teus braços a me abraçar
A me encher de calor
Que andam somente a tua procura
São como folhas perdidas
Que encontram a amargura
Em minhas mãos ficaram as marcas
Do calor do corpo teu
Como uma ferida em brasa
De um sonho que morreu
Mas, como esquecer este sonho?
Durmo e acordo todos os dias
Pensando um pensamento tristonho
Que me amarga em agonia
Espero o dia chegar
Com esperança e amor
Ter os teus braços a me abraçar
A me encher de calor
AFETO
Só de pensar em te ver
Meu peito parece que explode
Beijar-te, abraçar-te e viver
Contigo até a morte
Isso seria perfeito
Como uma imensa alegria
Dar-te o amor que tenho no peito
Toda hora, todo dia
Sentir pra sempre teus carinhos
Tuas mãos afagando meus cabelos
A cobrir-me inteira de beijinhos
Arrepiando-me os pêlos
Amor! Isso seria perfeito
Uma vida inteira só pra nós dois
Pra desfrutar-mos o afeto
E adormecermos depois
Meu peito parece que explode
Beijar-te, abraçar-te e viver
Contigo até a morte
Isso seria perfeito
Como uma imensa alegria
Dar-te o amor que tenho no peito
Toda hora, todo dia
Sentir pra sempre teus carinhos
Tuas mãos afagando meus cabelos
A cobrir-me inteira de beijinhos
Arrepiando-me os pêlos
Amor! Isso seria perfeito
Uma vida inteira só pra nós dois
Pra desfrutar-mos o afeto
E adormecermos depois
PARTIDA
É tarde da noite
E chove forte lá fora
Penso na vida e na morte
Não sei se fico ou vou embora
Esse pensamento tristonho
Que amarga meu peito em agonia
Não finda como um mal sonho
Que dura a noite inteirinha
Sonho mal como um presságio
Que atordoa meus pensamentos
Não sei se findo ou reajo
Perante todos os lamentos
Mas a noite é só escuridão
Que meus pensamentos atordoa
Irá amanhecer numa lentidão
Como uma canção que entoa
E chove forte lá fora
Penso na vida e na morte
Não sei se fico ou vou embora
Esse pensamento tristonho
Que amarga meu peito em agonia
Não finda como um mal sonho
Que dura a noite inteirinha
Sonho mal como um presságio
Que atordoa meus pensamentos
Não sei se findo ou reajo
Perante todos os lamentos
Mas a noite é só escuridão
Que meus pensamentos atordoa
Irá amanhecer numa lentidão
Como uma canção que entoa
DESPEDIDA
Que cena triste de se ver
Dá até vontade de chorar
O amor não pode florescer
Em meio a um mundo tão vulgar
Até o passarinho que cantava
Foi-se embora do quintal
Foi e parecia até que chorava
Quando ouvi seu canto final
O céu perdeu todo o brilho
E a flor perdeu sua cor
O dia ficou triste e perdido
Num emaranhado de dor
Nem o vento que antes refrescava
Que trazia tanto contentamento
Enxugam as lágrimas que eu chorava
Na hora da despedida, do lamento
Dá até vontade de chorar
O amor não pode florescer
Em meio a um mundo tão vulgar
Até o passarinho que cantava
Foi-se embora do quintal
Foi e parecia até que chorava
Quando ouvi seu canto final
O céu perdeu todo o brilho
E a flor perdeu sua cor
O dia ficou triste e perdido
Num emaranhado de dor
Nem o vento que antes refrescava
Que trazia tanto contentamento
Enxugam as lágrimas que eu chorava
Na hora da despedida, do lamento
PRESENTE
Tive uma grande alegria singela
Que encheu meu coração de alegria
Ganhei um livro com poesias de Florbela
Para acalmar meu peito que doia
Foi um presente tão maravilhoso
Que em minhas mãos segurei
Abracei ao peito venturoso
O singelo presente que ganhei
Comecei a ler e as lágrimas frias
Que em mim estavam contidas
Foram minando por uma nostalgia
Ao lembrar-me o dia de tua partida
Que dia triste e sem esperança
Aquele em que nós dois nos despedimos
Guardo-o sempre em minha lembrança
Aquele dia em que nós dois partimos
CHORAR
Andei tanto a te procurar
Como quem procura um sonho
Sabia que iria te encontrar
Neste caminha enfadonho
Foram momentos de dor e prazer
Que ficaram na lembrança
Estar contigo, ver o dia amanhecer
Embalada em teu peito feito criança
As lágrimas que caem de meus olhos
Por saberem que não vão mais te ver
Desfazem em mim todos os sonhos
Esvai toda vontade de viver
Quisera eu estar contigo meu bem
Nesta fria noite sem luar
Porém sei que você nunca mais vem
Então me ponho somente a chorar
Como quem procura um sonho
Sabia que iria te encontrar
Neste caminha enfadonho
Foram momentos de dor e prazer
Que ficaram na lembrança
Estar contigo, ver o dia amanhecer
Embalada em teu peito feito criança
As lágrimas que caem de meus olhos
Por saberem que não vão mais te ver
Desfazem em mim todos os sonhos
Esvai toda vontade de viver
Quisera eu estar contigo meu bem
Nesta fria noite sem luar
Porém sei que você nunca mais vem
Então me ponho somente a chorar
PESAR
O vento sopra uma poeira seca
Que sobe e se dispersa no ar
Tão triste meu ser fica
Em lembrar que não vais voltar
Essa poeira que vai com o vento
Não é boa e nem má
Apenas divaga meu pensamento
Por alguém que não vai voltar
Minhas mãos sequer darão adeus
Neste momento triste e singular
Meus olhos se perderão dos teus
Em lágrimas a deslizar
Por minha face desnuda
A chorar uma utopia profunda
Quando todas as palavras forem mudas
Cheia de pesar minha alma inunda
Que sobe e se dispersa no ar
Tão triste meu ser fica
Em lembrar que não vais voltar
Essa poeira que vai com o vento
Não é boa e nem má
Apenas divaga meu pensamento
Por alguém que não vai voltar
Minhas mãos sequer darão adeus
Neste momento triste e singular
Meus olhos se perderão dos teus
Em lágrimas a deslizar
Por minha face desnuda
A chorar uma utopia profunda
Quando todas as palavras forem mudas
Cheia de pesar minha alma inunda
NATALIDADE
Só quero contemplar o céu
E sua beleza infinita
Secou a taça cheia de fel
Nasceu uma poesia tão bonita
Como se fosse uma natalidade
Numa manhã tão venturosa
A casa encheu-se de felicidade
Manhã com perfume de rosa
Com passarinhos no quintal
A entoar uma bela canção
Só existe o bem, não há mal
Nesta manhã cheia de emoção
Não há lágrimas para chorar
Há sorrisos para sorrir
Uma serenidade no olhar
Nunca mais pensar em partir
E sua beleza infinita
Secou a taça cheia de fel
Nasceu uma poesia tão bonita
Como se fosse uma natalidade
Numa manhã tão venturosa
A casa encheu-se de felicidade
Manhã com perfume de rosa
Com passarinhos no quintal
A entoar uma bela canção
Só existe o bem, não há mal
Nesta manhã cheia de emoção
Não há lágrimas para chorar
Há sorrisos para sorrir
Uma serenidade no olhar
Nunca mais pensar em partir
NUVENS COR DE ROSA
Escrevi este conto com elementos que tirei de um passeio, numa tarde qualquer, caminhando entre amigos pela antiga ponte da avenida sete de setembro. O conto foi agraciado com o primeiro lugar no concurso de contos do SESC AM, no ano de 2006, fiquei feliz, logicamente, em ver o resultado de um trabalho feito com carinho, aliás trabalho este que realmente dignifica o ser, o egocentrismo em especial, me senti feliz, sem vergonha de admitir.
Agora, como que revivendo o momento tão peculiar que me aconteceu, ocorreu-me criar este painel, aberto em cor de rosa, para postar minhas publicações e oferta-las a quem as queira.
Beijos em cor de rosa...
Agora, como que revivendo o momento tão peculiar que me aconteceu, ocorreu-me criar este painel, aberto em cor de rosa, para postar minhas publicações e oferta-las a quem as queira.
Beijos em cor de rosa...
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