Quem sou eu

Minha foto
Sou pisciana e carrego todas as características que o signo impõe.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nuvens Arreflexia

A cidade está em letargia
Já tinha escutado numa canção
As nuvens-arreflexia
Deixa tudo em lentidão

Ao meio-dia um calor de matar
A tarde inteira a suar
Quando a noite chega continua
O calor se perpetua

Ah cidade do meu coração
Que foste cantada numa canção
Agora está quente de mais

Manaus, minha oração
É pedir pela chuva que cai
E um pouco mais de paz

Nuvens Cinza

Amanhece um céu cinza
Todas as manhãs, todos os dias
Não temos mais uma brisa
Já amanhece uma agonia

Nas folhas não há orvalho
As noites são quentes de verão
Manaus está aos retalhos
Manaus uma aflição

Nuvens secas de chuva
Céu cinza de fumaça
Manaus uma combustão

E se nada... nada muda
Seguimos com voz muda
É a única conclusão

Nuvens de Fumaça

Manaus-nuvens-de-fumaça
Tomam conta de todo o céu
O calor do sol ameça
Papagaios de papel

No rosto o suor exala
O olhar não acredita
A boca emudece... cala
Parece o fim da vida

Manaus será que um dia
Ainda vai voltar a chover
Será tanta alegria

Manaus e se eu não me conter
Vou me por a chorar...
Vou me por a morrer...

Nuvens

As nuvens cobrem todo meu céu
Olho e só vejo a escuridão
Abelhas já nao fazem mel
Estou só com minha solidão

As nuvens preenchem meu caminho
Me levam a sonhos distantes
Passarinho já não está no ninho
Estou só neste instante

Caminho com pés descalços
E piso com passos em falso
Olho e só vejo elas...
As nuvens!

Continuo... sigo esse caminho...
Se a solidão é a companheira
Sigo sempre sozinho...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Paris dos Trópicos

Imagem retirada da internet

Conjugação

Amei
Amaste

Chorei
Choraste

Sofri
Sofreste

Perdi
Perdeste

Morri
Morreste

Julho II

A tarde
O vermelho das flores
Fica muito mais
Vivo

A tarde
O azul do céu
Fica muito mais
Vivo

A tarde
O vermelho
O azul
Se unem
Em forma de poesia.

Julho I

Sem palavras
Fiquei muda
Perdi a voz numa tarde
De chuva

Percebí o tempo
P a s s a r . . .
E me dei conta
Vendo a lua chegar
E me clarear
Iluminei!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Amor I

Fim de tarde, calor e suor
Nuvens cor de rosa no céu
O peito cheio de amor
E as nuvens como carrossel

Brincam por entre os raios
Nuvens brancas e rosas
A tarde vai como um desmaio
Chega a noite, traz esperança

Ventinho pra refrescar
O peito cheio de amor
Deitar... descansar...
Sonhar!

quarta-feira, 24 de março de 2010

PAZ

Mesmo que todos os contratempos
Insistam em nos separar
Nossas almas serão nossos templos
Onde nosso amor irá repousar

Os raios do sol nos guiarão
Por entre todos os males
As brisas da noite nos aliviarão
De todas as maldades

Seremos livres então
Por este imenso mundo afora
Seguiremos nosso coração
Com esse etrno amor que nos aflora

As cores do arco-iris no céu
As gotas da chuva que cai
Serão como nosso véu
Para celebrar nossa paz

VISLUMBRE

Não permita amor que eu parta
Isso seria grande maldade
Que este mundo inteiro se exploda
Deixar-te é muita maldade

Quero vislumbrar o céu
No calor dos braços teus
sentir teus lábios nos meus
Nada de adeus... adeus...

Quero brincar como criança
Esquecer tanta malícia
Ser tua, minha maior esperança
Ser tua por toda vida

Mas o que fazer pra dizer
Tudo o que nos sufoca
Você me deixar é como morrer
É como ser em vida - morta

TRISTE

Por onde andas que não te vejo?
O que tens feito por esses dias?
Perdi teus abraços, perdi teus beijos
Perdi-me e todas as alegrias

Os raios do sol não me aquecem mais
Um frio intenso toma conta de mim
Meu ser todo se esvai
Fico a esperar somente o fim

Como é triste este pesar
Que coisa mais triste de acontecer
Como é fardo caminhar
Não há mais dia, só anoitecer

Lágrimas... as deixo rolar...
Por entre minha face, meu rosto
Quando isso tudo acabar
Restará apenas um mal gosto

TUDO

O mureru bóia no rio
Grossas suas folhas na água
Um pensamento doentio
Uma amargura, uma mágoa

Que solidão, que tormenta
A margem é longe de se avistar
Chove em tudo o que se avista
Nesse imenso Rio Mar

Chove! E o choro que revelo
Pelas lágrimas que caem dos olhos
Demonstram o meu apelo
Pelos teus beijos, teus beijos...

Não há nada que eu queira mais
Nada de mais importante
Somente que tu me queiras
Em tudo e a todo instante

AGONIA II

Sonhei que ias pra sempre
Nem sequer dizias adeus
Sonhei em meu sonho doente
Clamei aos deuses do céu

Que não deixassem que acontecesse
Uma maldade tão grandiosa
Clamei, chorei, fiz uma prece
Por nossas almas bondosas

Não é a distancia que queremos
Nem ao menos viver a sofrer
Estarmos juntos é o que merecemos
Não merecemos morrer

Ficar longe é amargo e triste
Como uma canção tão tristonha
Que aperta no peito
O coração não resiste

Como uma agonia medonha
Sorri olhando pras nuvens
Que iam e vinham no céu
Pareciam sonhos

ENAMORADOS

São belas as tuas mãos
Teus olhos a me fitar
Sentir emensa comoção
E mil sonhos pra sonhar

Caminhar contigo lado a lado
Com sorriso a aprecer
Juntos como enamorados
Juntos até morrer

Este é um belo desejo
Uma forma de mostrar
A alegria de teus beijos
O regozijo de te amar

Para sempre será meu
E eu tua serei
Como Julieta e Romeu
Por ti poderei morrer...

ESPERANÇA

Todos querem que percamos
Esse sentimento que nos faz bem
Mas como? Nem sequer pecamos
Queremos apenas ir além

De tantos sonhos bonitos
Contados e recontados
Por nossos lábios unidos
Como eternos namorados

Essa eterna paixão nos levará
Como as aves que voam livres no céu
E cada manhã mostrará
Como é bom ser tua e seres meu

Já não importa mais a tristeza
Não importa mais a distância
O que somos é somente beleza
O que somos é nossa esperança

sábado, 13 de março de 2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

AVE

A ave voa sem pressa
Entrecorta o céu
Com seu peito amarelo
Pousa num galho de árvore
E solta seu belo canto

A ave repousa sem pressa
Apenas olha
Para um lado e outro
A procura de um inseto
Que possa lhe alimentar

A ave volta a voar
Lindo seu vôo no ar

A ave

A ave voa sem pressa
Entrecorta o céu
Dá um espetáculo sublime
Mas sabe - ninguém a notar!
E a ave, a voar

Mas há um olhar
Sim, um olhar distante
Quase sem vida
Quase um último suspiro
A contemplar a ave

A ave voa sem pressa

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SEXTA FEIRA

Um monte de coisas pra fazer, levantei cedo, comecei cedo hoje - pra ver se tudo termina logo, pois adoro ficar em minha rede pra lá e pra cá.

Oba, estou de férias - finalmente!

Acordei cedo hoje, junto com as galinhas, diriam os mais experientes - acordar cedo é legal quando não se tem o que fazer, mas quando se acorda cedo por obrigação é um horrorshow.

Apesar das circunstâncias, acordei cedo e me sinto bem, não por obrigação, mas pelo belo prazer de ver os primeiros raios de sol surgirem, rasgando o véu negro da noite, as nuvens alvas da madrugando sendo substituidas pelo céu azul, como meu querido David Bowie disse "O planeta terra é azul e não há nada que eu possa fazer..." dá até vontade de chorar por constatar minha quase insignificancia perante os acontecimentos, perante coisas grandioas que estão em nosso redor, as vezes me sinto uma partícula mesmo, ai tenho que me lembrar que "Todo homem e toda mulher é uma estrela".

O constante exercício de voltar a sí.

Hoje é sexta feira, quem sabe eu possa me libertar - essa foi boa né. Mas se eu me libertar talvez vá ao mesmo lugar de sempre, falar com as mesmas pessoas de sempre, porém me sentirei perfeitamente feliz.

Bom dia minha querida Virgínia, até agora só você teve coragem de me ler constantemente.
Obrigada!
Beijo querida.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

AMIZADE

Amizade delícia - Priscilla e Patrícia
Amizade fantástica - Rejane e Márcia
Amizade sapeca - Jalna e Leca

ALEGORIA

Nossa paixão é uma alegoria
Moldada por nossas mãos
Cheia de tristeza e alegria
Cheia de personificação

Nossos olhos quando se encontram
Se enchem de admiração
Como numa valsa - dançam
A beleza de nossa paixão

Mas este sentimento alegórico
Tira nosso ar, nos sufoca
Como um ritual melancólico

Como se fosse uma brisa fria
Cheia de sentimento bucólico
Cheio de dor e agonia

SAUDADE I

São iguais todas as tardes
O sol quente arde alto no céu
Meu pensamento cheio de saudade
Por um amor grande e que morreu

O vento não alivia nada
Apenas traz em sua brisa
Uma saudade grande e danada
De tanto amor, tanta carícia

Os carinhos que se foram
São momentos que passaram
De um tempo bom e feliz

Se esse tempo não pode voltar
Viverei triste a vagar
Cheia de lágrimas a chorar

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.



Os versos que te fiz


Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.


Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder ...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !


Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda ...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !


Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

UM SORRISO PRA DISFARÇAR COM PLATINADOS - a crônica de um show

Sua vida era uma lama, mas algo a alegrava, o pé de papoula em frente a sua casa. Vez ou outra arrancava uma flor e sugava o mel adocicado entre o talo e as pétalas. E sorria um sorrisinho meio sem graça para si mesma e fingia que o mundo era uma maravilha. Outro dia foi ao cabeleireiro, folheou revistas ilustradas com variados cortes, desistiu de todos, dá só uma aparada nas pontas mesmo... Morria de medo de mudar, tudo nela já estava enraizado, inclusive o “sorrisinho”.
A+B=B+A
Fomos em casal para o show da Platinados, novamente um sorrisinho pra disfarçar, adorava aquele barzinho, várias pessoas conhecidas e graças as forças ocultas lá tinha umas amigas, mas amigas de verdade, de vários anos e tal, umas pirações... Fomos praticamente os primeiros a chegar, sem intenção vimos algumas pessoas chegarem também, mas melhor dissimular e fazer de conta que nada estava acontecendo, põe um sorriso na cara, ficamos um tempão conversando com Shirokuma e o Tony. O Klinger nos presenteou com as entradas francas, isso foi legal, então pensamos, estamos no lugar certo, deixa a noite rolar, mais gente chegando, a Deusa, A Mar com Andréia, depois a Rê a Erica. Queria pedir Socorro, mas a vida corre rápida, deixa rolar. Clóvis e Julia atenciosos – valeu, a casa estava ficando lotada, esperei a Karla chegar, minha amiga de Orkut, foi à primeira vez que nos vimos pessoalmente, chegou a Jalna, minha amiga estava bela – como sempre, também com um sorriso nos lábios, mas até que nos entendemos, Clovis subiu no palco e disse que o show iria começar, palpitação... Não sei como esse processo se dá – o de gostar, porém de uma coisa tenho certeza gosto muito da Platinados, tenho recordações legais de pessoas legais, de uns ensaios da banda na casa de estudante universitário, o Abajur, a festa do Abajur – umas gargalhadas gostosas, tempo bom, coisa pra guardar mesmo dentro do nosso baú de memórias, a banda está no palco agora, dei um abraço no Afrânio e Gleyce, tava tomando uns “latão de Skol”, bom. Procurei lugar bom pra ficar, achei melhor ficar na frente do palco mesmo com a Apoena, minha amiga das locações artísticas, pulei muito, gritei muito, cantei muito, muito mesmo, com Apoena juntas cantamos ao microfone – foi legal, Rê subiu no palco, ei garota não se vá. Rê... o seu rebolado e a sua saia curta, eu já não sei o que fazer... Rê tudo foi muito bem amiga, te gosto, tudo vai dar certo. Itacoatiara, vamos baby vamos pirar em Itacoatiara... O público foi mais uma vez a loucura com o hino da banda, e o show acabou, mas a noite continua...
A+C=C+A
No sábado de manhã as flores vermelhas contrastam com o céu nublado, cinza. Uma chuva fininha mudava a paisagem da mata, as galinhas encolhidas com as penas molhadas e os pintinhos debaixo de suas asas. O vento frio entrava pela janela e refrescava até a alma, melhor, gelava, o olhar vai longe, o pensamento distante, os cabelos embaraçados, a rua deserta e molhada, praticamente todas as casas fechadas, um sonzinho de Pretenders, café quente com creme craque, de volta a janela, aos pensamentos a solidão com si mesma, sua melhor companheira, passa um carro espirra lama, sua vida era uma lama embaçada, misturada com o frio da chuva fina no sábado de manhã, agora sem sorriso pra disfarçar.
A+D=D+A

sábado, 13 de fevereiro de 2010

MORTIFICAÇÃO - para uma triste história de amor (Marília de Dirceu)

Que história mais triste de contar
Como um conto de Lygia Fagundes Telles
São tantas lágrimas pra chorar
Tanta tristeza de se ver
Como querer morrer

É como noite sem luar
Rio sem navegar
É como ao invés de sorrir
Só chorar... só chorar...

Uma história de aflição
Cheia de tanta ansiedade
Uma espécie de mortificação
Que enche a alma de saudade

História essa muito triste
Que todos hão de convir
Somente a morte é que insiste
Em nos conduzir

CONSOLO

Á noite olhei para o céu
Vi como estava bela a lua
As estrela como um carrossel
Clareavam toda a rua

Pensei em te beijar
Mas longe estavas de mim
Pus-me então a chorar
Como se a vida estivesse no fim

Cantei então uma poesia
De Álvares de Azevedo
Na solidão de minha agonia
Pensava e sentia medo

Mas que bom, logo tudo passou
Como ficar atormentada
Pensar em quem me tem tanto amor
É pra deixar-me consolada

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

SOLIDÃO

O banzeiro do rio
Leva o barco pra lé e pra cá
Sinto um arrepio
Uma vontade de chorar

Uma grande solidão
Ressalta do meu olhar
Um aperto no coração
Uma vontade de mergulhar

Cair nestas águas escuras
Ir nelas e nunca mais voltar
Nas águas do Rio Amazonas
Esse imenso rio mar

Cair neste banzeiro
Não seria a solução
Pois esta tristeza, este desgosto
Ñão sairia do coração

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

FELICIDADE

Estou perdidamente apaixonada
Teus olhos quero beijar
Mas, de ti não recebo nada
Além do desprezar

Essa paixão me corrói o peito
É a causa da minha tristeza
Choro todas as noites, quando deito
A imaginar como seria a beleza

De ter-te tranquilo em meus braços
A beijar-te o rosto
Acariciar inteiro teu corpo

Dar-te todos os meus abraços
Livrar-me da fragilidade
Inundar-me de felicidade

O ANJO

Espero com toda certeza
O anjo lilás vim me buscar
Em seu abraço pureza
A me amar... a me amar...

Este anjo que espero
Tem olhos de alegria
Vai me livrar do desespero
Da agonia... da agonia...

Meu anjo salvador
Cheio de graça angelical
Vai me levar todo mal

Tão cheio de amor
Me levará para sempre daqui
Até o fim... até o fim...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

VULTO

O ruído do vento
Que vem de lugares longínquos
Traz tua imagem em meu pensamento
Em meio a lágrimas e soluços

Tua imagem vem em sorriso
Que arrepia todo meu corpo
Parece um vulto, um presságio
Em meio a lágrimas e soluços

Minhas mãos ficam geladas
Meu olhar é como um susto
Quando mira este vulto

A me olhar em gargalhadas
Como se de mim estivesse zombando
Me aniquilando... me aniquilando...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

FLOR

Essa chuva que cai sem parar
Molha tudo, as casas, a rua
Parece meus olhos de tanto chorar
Sentindo tantas saudades tua

Essa chuva lava minha alma
Leva para longe meus pensamentos
Vou ficando assim, calma
Lembrando apenas bons momentos

Mas, que chuva, que tanta água
Parece o mundo cheio de mágoa
Parece a ira da natureza

Vamos deixar nascer a flor
Numa bela planta, cheia de amor
E esquecer tanta tristeza

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

QUERIDA

Minha avó Maria de Nazaré
Sempre quero me lembrar
Seu esposo senhor João José
Comigo irei sempre levar

As mais ternas lembranças
Desse tempo de tanta felicidade
De quando nós éramos crianças
Meus irmãos e eu - traquinagem

O grande quintal para correr
O pé de abiu para subir e pular
Jamais esses dias irei esquecer

E se dá vontade de chorar
Por um momento me ponho a lembrar
De minha avó tão calma a me acariciar

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

SAUDADE


Nunca mais quero te ver
Te ver e não te tocar
É como querer morrer
É estar sozinha a sufocar

Nunca mais quero teus beijos
Nunca mais quero chorar
Foi como um sonho, um desejo
Foi como me libertar

Para sempre serás saudade
Que marca no coração
Um misto de mentira e verdade
Que traz tanta emoção

Lágrima alguma dirá
Tudo o que foi sofrido
Um dia o sorriso virá
Pra lembrar o que foi lindo

Ilustração: aquarela de Adelino

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

AMARGURA II

Ví-te um dia tão natural
Nada havia para reparar
Entre todos era igual
Em tudo, até no caminhar

Ví-te um dia assim como és
Uma pessoa, um ser da natureza
Cheio de defeitos e qualidades
Com maldade e beleza

Hoje o dia é diferente
Como uma agonia, uma demência
Pois em meio a tanta gente
Não o encontro, perco a paciência

Hoje o dia é só tormento
São lágrimas e amargura
Pois em todos os meus pensamentos
Só procuro as sepulturas

domingo, 24 de janeiro de 2010

AMARGURA I

Por entre as flores das árvores
Pousam belas borboletas
E no casto céu voam aves
E no chão uma fila de formigas pretas

O vento baila e embala os galhos
Meus cabelos ficam a balançar
Pendem lágrimas dos olhos
Diante de tanta beleza e pesar

Belos sonhos, lindos pensamentos
Que afligem no coração
Tornar-se-ão todos em tormentos
Não resta não, salvação!

Olhar tanta beleza
E ter no peito só amargura
Mas, um dia toda esta natureza
Estará em minha sepultura

PAIXÃO

Para ti toda a minha paixão
Todo bondoso sentimento
Somos almas em eterna união
Nem a morte trará o esquecimento

O vento sopra um murmúrio
Meus olhos se enchem de lágrimas
Como estar à porta dum cemitério
A esperar alegrias póstumas

Vou sempre à vida a suspirar
Esperando os beijos teus
Não posso mais esperar
Nem pensar em adeus

Correrei em tua direção
Com o corpo todo a tremer
És o dono do meu coração
Contigo nada tenho a temer

HISTÓRIAS DE ÁGUAS MORTAS - Projeto



Fanzine dedicado aos rios e igarapés de nossa região.



Projeto criado pelo amigo artista Bob Medina.



Neste temos o conto "Abandono" da escritora amazonense Virgínia Allan, ilustrado por Virgílio - 2006

CAPA DO ZINE PHP







Capa do meu fanzine

PEQUENAS HISTÓRIAS E POESIAS II
com ilustrações de meu adorável a. d. lino
1999

BEIJO



Poema - BEIJO
Ilustração - a.d.lino
Ano - 1999

LÁGRIMAS



Todas as luzes estão acesas, a música toca no velho aparelho dando uns estalos de vez em quando, coisa de disco velho.

Passos viciados em redor do quarto, cabelo despenteado e pensamentos nebulosos na cabeça. Uma imensa dor rebenta peito adentro, tomando conta de todos os sentidos, uma coisa de desespero, uma coisa de tristeza, amargura, escuridão interna.

Apagan-se as luzes agora, é hora de tentar adormecer, a cama, o teto, tudo rodopiando em nuvens de fumaça, incenso no ar, hora de sonhar.

A alma tenta se libertar, se atirar precipício abaixo, quer voar. Dizer não as amarras, não aos comandos, não a bestificação.

Alma liberta quer sair.

Os sonhos chegam indefinidos, imagens que vão se formando em partes desiguais, rostos desconhecidos, lugares ignorados, pesadelo.

Não há mais música no quarto, somente o frio impera, o frio e a melancolia, paredes cheias de musgos, um cheiro abafado e sem vida, travesseiro companheiro inseparável, e lágrimas que formam imagens no rosto.

sábado, 23 de janeiro de 2010

ACALANTO

Não posso te esquecer
São dias e noites em claro
Como se quisesse morrer
E nunca cessar este choro

Passar a vida chorando
Sentindo tanta saudade
Querendo-te, pra sempre querendo
Não ter-te é muita maldade

Serás sempre meu bem
Guardado dentro do peito
Onde eu for, irás também
Minha paz, meu acalanto

Só tua voz me acalma
Os teus beijos me embalam
És o dono da minha alma
Dos braços que me salvam

AGONIA I

Perco-te em meus olhos
Que andam somente a tua procura
São como folhas perdidas
Que encontram a amargura

Em minhas mãos ficaram as marcas
Do calor do corpo teu
Como uma ferida em brasa
De um sonho que morreu

Mas, como esquecer este sonho?
Durmo e acordo todos os dias
Pensando um pensamento tristonho
Que me amarga em agonia

Espero o dia chegar
Com esperança e amor
Ter os teus braços a me abraçar
A me encher de calor

AFETO

Só de pensar em te ver
Meu peito parece que explode
Beijar-te, abraçar-te e viver
Contigo até a morte

Isso seria perfeito
Como uma imensa alegria
Dar-te o amor que tenho no peito
Toda hora, todo dia

Sentir pra sempre teus carinhos
Tuas mãos afagando meus cabelos
A cobrir-me inteira de beijinhos
Arrepiando-me os pêlos

Amor! Isso seria perfeito
Uma vida inteira só pra nós dois
Pra desfrutar-mos o afeto
E adormecermos depois

PARTIDA

É tarde da noite
E chove forte lá fora
Penso na vida e na morte
Não sei se fico ou vou embora

Esse pensamento tristonho
Que amarga meu peito em agonia
Não finda como um mal sonho
Que dura a noite inteirinha

Sonho mal como um presságio
Que atordoa meus pensamentos
Não sei se findo ou reajo
Perante todos os lamentos

Mas a noite é só escuridão
Que meus pensamentos atordoa
Irá amanhecer numa lentidão
Como uma canção que entoa

DESPEDIDA

Que cena triste de se ver
Dá até vontade de chorar
O amor não pode florescer
Em meio a um mundo tão vulgar

Até o passarinho que cantava
Foi-se embora do quintal
Foi e parecia até que chorava
Quando ouvi seu canto final

O céu perdeu todo o brilho
E a flor perdeu sua cor
O dia ficou triste e perdido
Num emaranhado de dor

Nem o vento que antes refrescava
Que trazia tanto contentamento
Enxugam as lágrimas que eu chorava
Na hora da despedida, do lamento

PRESENTE


Tive uma grande alegria singela
Que encheu meu coração de alegria
Ganhei um livro com poesias de Florbela
Para acalmar meu peito que doia

Foi um presente tão maravilhoso
Que em minhas mãos segurei
Abracei ao peito venturoso
O singelo presente que ganhei

Comecei a ler e as lágrimas frias
Que em mim estavam contidas
Foram minando por uma nostalgia
Ao lembrar-me o dia de tua partida

Que dia triste e sem esperança
Aquele em que nós dois nos despedimos
Guardo-o sempre em minha lembrança
Aquele dia em que nós dois partimos

CHORAR

Andei tanto a te procurar
Como quem procura um sonho
Sabia que iria te encontrar
Neste caminha enfadonho

Foram momentos de dor e prazer
Que ficaram na lembrança
Estar contigo, ver o dia amanhecer
Embalada em teu peito feito criança

As lágrimas que caem de meus olhos
Por saberem que não vão mais te ver
Desfazem em mim todos os sonhos
Esvai toda vontade de viver

Quisera eu estar contigo meu bem
Nesta fria noite sem luar
Porém sei que você nunca mais vem
Então me ponho somente a chorar

PESAR

O vento sopra uma poeira seca
Que sobe e se dispersa no ar
Tão triste meu ser fica
Em lembrar que não vais voltar

Essa poeira que vai com o vento
Não é boa e nem má
Apenas divaga meu pensamento
Por alguém que não vai voltar

Minhas mãos sequer darão adeus
Neste momento triste e singular
Meus olhos se perderão dos teus
Em lágrimas a deslizar

Por minha face desnuda
A chorar uma utopia profunda
Quando todas as palavras forem mudas
Cheia de pesar minha alma inunda

NATALIDADE

Só quero contemplar o céu
E sua beleza infinita
Secou a taça cheia de fel
Nasceu uma poesia tão bonita

Como se fosse uma natalidade
Numa manhã tão venturosa
A casa encheu-se de felicidade
Manhã com perfume de rosa

Com passarinhos no quintal
A entoar uma bela canção
Só existe o bem, não há mal
Nesta manhã cheia de emoção

Não há lágrimas para chorar
Há sorrisos para sorrir
Uma serenidade no olhar
Nunca mais pensar em partir

NUVENS COR DE ROSA

Escrevi este conto com elementos que tirei de um passeio, numa tarde qualquer, caminhando entre amigos pela antiga ponte da avenida sete de setembro. O conto foi agraciado com o primeiro lugar no concurso de contos do SESC AM, no ano de 2006, fiquei feliz, logicamente, em ver o resultado de um trabalho feito com carinho, aliás trabalho este que realmente dignifica o ser, o egocentrismo em especial, me senti feliz, sem vergonha de admitir.

Agora, como que revivendo o momento tão peculiar que me aconteceu, ocorreu-me criar este painel, aberto em cor de rosa, para postar minhas publicações e oferta-las a quem as queira.

Beijos em cor de rosa...