A cidade está em letargia
Já tinha escutado numa canção
As nuvens-arreflexia
Deixa tudo em lentidão
Ao meio-dia um calor de matar
A tarde inteira a suar
Quando a noite chega continua
O calor se perpetua
Ah cidade do meu coração
Que foste cantada numa canção
Agora está quente de mais
Manaus, minha oração
É pedir pela chuva que cai
E um pouco mais de paz
Quem sou eu
- Déborah Carla
- Sou pisciana e carrego todas as características que o signo impõe.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Nuvens Cinza
Amanhece um céu cinza
Todas as manhãs, todos os dias
Não temos mais uma brisa
Já amanhece uma agonia
Nas folhas não há orvalho
As noites são quentes de verão
Manaus está aos retalhos
Manaus uma aflição
Nuvens secas de chuva
Céu cinza de fumaça
Manaus uma combustão
E se nada... nada muda
Seguimos com voz muda
É a única conclusão
Todas as manhãs, todos os dias
Não temos mais uma brisa
Já amanhece uma agonia
Nas folhas não há orvalho
As noites são quentes de verão
Manaus está aos retalhos
Manaus uma aflição
Nuvens secas de chuva
Céu cinza de fumaça
Manaus uma combustão
E se nada... nada muda
Seguimos com voz muda
É a única conclusão
Nuvens de Fumaça
Manaus-nuvens-de-fumaça
Tomam conta de todo o céu
O calor do sol ameça
Papagaios de papel
No rosto o suor exala
O olhar não acredita
A boca emudece... cala
Parece o fim da vida
Manaus será que um dia
Ainda vai voltar a chover
Será tanta alegria
Manaus e se eu não me conter
Vou me por a chorar...
Vou me por a morrer...
Tomam conta de todo o céu
O calor do sol ameça
Papagaios de papel
No rosto o suor exala
O olhar não acredita
A boca emudece... cala
Parece o fim da vida
Manaus será que um dia
Ainda vai voltar a chover
Será tanta alegria
Manaus e se eu não me conter
Vou me por a chorar...
Vou me por a morrer...
Nuvens
As nuvens cobrem todo meu céu
Olho e só vejo a escuridão
Abelhas já nao fazem mel
Estou só com minha solidão
As nuvens preenchem meu caminho
Me levam a sonhos distantes
Passarinho já não está no ninho
Estou só neste instante
Caminho com pés descalços
E piso com passos em falso
Olho e só vejo elas...
As nuvens!
Continuo... sigo esse caminho...
Se a solidão é a companheira
Sigo sempre sozinho...
Olho e só vejo a escuridão
Abelhas já nao fazem mel
Estou só com minha solidão
As nuvens preenchem meu caminho
Me levam a sonhos distantes
Passarinho já não está no ninho
Estou só neste instante
Caminho com pés descalços
E piso com passos em falso
Olho e só vejo elas...
As nuvens!
Continuo... sigo esse caminho...
Se a solidão é a companheira
Sigo sempre sozinho...
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Julho II
A tarde
O vermelho das flores
Fica muito mais
Vivo
A tarde
O azul do céu
Fica muito mais
Vivo
A tarde
O vermelho
O azul
Se unem
Em forma de poesia.
O vermelho das flores
Fica muito mais
Vivo
A tarde
O azul do céu
Fica muito mais
Vivo
A tarde
O vermelho
O azul
Se unem
Em forma de poesia.
Julho I
Sem palavras
Fiquei muda
Perdi a voz numa tarde
De chuva
Percebí o tempo
P a s s a r . . .
E me dei conta
Vendo a lua chegar
E me clarear
Iluminei!
Fiquei muda
Perdi a voz numa tarde
De chuva
Percebí o tempo
P a s s a r . . .
E me dei conta
Vendo a lua chegar
E me clarear
Iluminei!
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Amor I
Fim de tarde, calor e suor
Nuvens cor de rosa no céu
O peito cheio de amor
E as nuvens como carrossel
Brincam por entre os raios
Nuvens brancas e rosas
A tarde vai como um desmaio
Chega a noite, traz esperança
Ventinho pra refrescar
O peito cheio de amor
Deitar... descansar...
Sonhar!
Nuvens cor de rosa no céu
O peito cheio de amor
E as nuvens como carrossel
Brincam por entre os raios
Nuvens brancas e rosas
A tarde vai como um desmaio
Chega a noite, traz esperança
Ventinho pra refrescar
O peito cheio de amor
Deitar... descansar...
Sonhar!
quarta-feira, 24 de março de 2010
PAZ
Mesmo que todos os contratempos
Insistam em nos separar
Nossas almas serão nossos templos
Onde nosso amor irá repousar
Os raios do sol nos guiarão
Por entre todos os males
As brisas da noite nos aliviarão
De todas as maldades
Seremos livres então
Por este imenso mundo afora
Seguiremos nosso coração
Com esse etrno amor que nos aflora
As cores do arco-iris no céu
As gotas da chuva que cai
Serão como nosso véu
Para celebrar nossa paz
Insistam em nos separar
Nossas almas serão nossos templos
Onde nosso amor irá repousar
Os raios do sol nos guiarão
Por entre todos os males
As brisas da noite nos aliviarão
De todas as maldades
Seremos livres então
Por este imenso mundo afora
Seguiremos nosso coração
Com esse etrno amor que nos aflora
As cores do arco-iris no céu
As gotas da chuva que cai
Serão como nosso véu
Para celebrar nossa paz
VISLUMBRE
Não permita amor que eu parta
Isso seria grande maldade
Que este mundo inteiro se exploda
Deixar-te é muita maldade
Quero vislumbrar o céu
No calor dos braços teus
sentir teus lábios nos meus
Nada de adeus... adeus...
Quero brincar como criança
Esquecer tanta malícia
Ser tua, minha maior esperança
Ser tua por toda vida
Mas o que fazer pra dizer
Tudo o que nos sufoca
Você me deixar é como morrer
É como ser em vida - morta
Isso seria grande maldade
Que este mundo inteiro se exploda
Deixar-te é muita maldade
Quero vislumbrar o céu
No calor dos braços teus
sentir teus lábios nos meus
Nada de adeus... adeus...
Quero brincar como criança
Esquecer tanta malícia
Ser tua, minha maior esperança
Ser tua por toda vida
Mas o que fazer pra dizer
Tudo o que nos sufoca
Você me deixar é como morrer
É como ser em vida - morta
TRISTE
Por onde andas que não te vejo?
O que tens feito por esses dias?
Perdi teus abraços, perdi teus beijos
Perdi-me e todas as alegrias
Os raios do sol não me aquecem mais
Um frio intenso toma conta de mim
Meu ser todo se esvai
Fico a esperar somente o fim
Como é triste este pesar
Que coisa mais triste de acontecer
Como é fardo caminhar
Não há mais dia, só anoitecer
Lágrimas... as deixo rolar...
Por entre minha face, meu rosto
Quando isso tudo acabar
Restará apenas um mal gosto
O que tens feito por esses dias?
Perdi teus abraços, perdi teus beijos
Perdi-me e todas as alegrias
Os raios do sol não me aquecem mais
Um frio intenso toma conta de mim
Meu ser todo se esvai
Fico a esperar somente o fim
Como é triste este pesar
Que coisa mais triste de acontecer
Como é fardo caminhar
Não há mais dia, só anoitecer
Lágrimas... as deixo rolar...
Por entre minha face, meu rosto
Quando isso tudo acabar
Restará apenas um mal gosto
TUDO
O mureru bóia no rio
Grossas suas folhas na água
Um pensamento doentio
Uma amargura, uma mágoa
Que solidão, que tormenta
A margem é longe de se avistar
Chove em tudo o que se avista
Nesse imenso Rio Mar
Chove! E o choro que revelo
Pelas lágrimas que caem dos olhos
Demonstram o meu apelo
Pelos teus beijos, teus beijos...
Não há nada que eu queira mais
Nada de mais importante
Somente que tu me queiras
Em tudo e a todo instante
Grossas suas folhas na água
Um pensamento doentio
Uma amargura, uma mágoa
Que solidão, que tormenta
A margem é longe de se avistar
Chove em tudo o que se avista
Nesse imenso Rio Mar
Chove! E o choro que revelo
Pelas lágrimas que caem dos olhos
Demonstram o meu apelo
Pelos teus beijos, teus beijos...
Não há nada que eu queira mais
Nada de mais importante
Somente que tu me queiras
Em tudo e a todo instante
AGONIA II
Sonhei que ias pra sempre
Nem sequer dizias adeus
Sonhei em meu sonho doente
Clamei aos deuses do céu
Que não deixassem que acontecesse
Uma maldade tão grandiosa
Clamei, chorei, fiz uma prece
Por nossas almas bondosas
Não é a distancia que queremos
Nem ao menos viver a sofrer
Estarmos juntos é o que merecemos
Não merecemos morrer
Ficar longe é amargo e triste
Como uma canção tão tristonha
Que aperta no peito
O coração não resiste
Como uma agonia medonha
Sorri olhando pras nuvens
Que iam e vinham no céu
Pareciam sonhos
Nem sequer dizias adeus
Sonhei em meu sonho doente
Clamei aos deuses do céu
Que não deixassem que acontecesse
Uma maldade tão grandiosa
Clamei, chorei, fiz uma prece
Por nossas almas bondosas
Não é a distancia que queremos
Nem ao menos viver a sofrer
Estarmos juntos é o que merecemos
Não merecemos morrer
Ficar longe é amargo e triste
Como uma canção tão tristonha
Que aperta no peito
O coração não resiste
Como uma agonia medonha
Sorri olhando pras nuvens
Que iam e vinham no céu
Pareciam sonhos
ENAMORADOS
São belas as tuas mãos
Teus olhos a me fitar
Sentir emensa comoção
E mil sonhos pra sonhar
Caminhar contigo lado a lado
Com sorriso a aprecer
Juntos como enamorados
Juntos até morrer
Este é um belo desejo
Uma forma de mostrar
A alegria de teus beijos
O regozijo de te amar
Para sempre será meu
E eu tua serei
Como Julieta e Romeu
Por ti poderei morrer...
Teus olhos a me fitar
Sentir emensa comoção
E mil sonhos pra sonhar
Caminhar contigo lado a lado
Com sorriso a aprecer
Juntos como enamorados
Juntos até morrer
Este é um belo desejo
Uma forma de mostrar
A alegria de teus beijos
O regozijo de te amar
Para sempre será meu
E eu tua serei
Como Julieta e Romeu
Por ti poderei morrer...
ESPERANÇA
Todos querem que percamos
Esse sentimento que nos faz bem
Mas como? Nem sequer pecamos
Queremos apenas ir além
De tantos sonhos bonitos
Contados e recontados
Por nossos lábios unidos
Como eternos namorados
Essa eterna paixão nos levará
Como as aves que voam livres no céu
E cada manhã mostrará
Como é bom ser tua e seres meu
Já não importa mais a tristeza
Não importa mais a distância
O que somos é somente beleza
O que somos é nossa esperança
Esse sentimento que nos faz bem
Mas como? Nem sequer pecamos
Queremos apenas ir além
De tantos sonhos bonitos
Contados e recontados
Por nossos lábios unidos
Como eternos namorados
Essa eterna paixão nos levará
Como as aves que voam livres no céu
E cada manhã mostrará
Como é bom ser tua e seres meu
Já não importa mais a tristeza
Não importa mais a distância
O que somos é somente beleza
O que somos é nossa esperança
sábado, 13 de março de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
AVE
A ave voa sem pressa
Entrecorta o céu
Com seu peito amarelo
Pousa num galho de árvore
E solta seu belo canto
A ave repousa sem pressa
Apenas olha
Para um lado e outro
A procura de um inseto
Que possa lhe alimentar
A ave volta a voar
Lindo seu vôo no ar
A ave
A ave voa sem pressa
Entrecorta o céu
Dá um espetáculo sublime
Mas sabe - ninguém a notar!
E a ave, a voar
Mas há um olhar
Sim, um olhar distante
Quase sem vida
Quase um último suspiro
A contemplar a ave
A ave voa sem pressa
Entrecorta o céu
Com seu peito amarelo
Pousa num galho de árvore
E solta seu belo canto
A ave repousa sem pressa
Apenas olha
Para um lado e outro
A procura de um inseto
Que possa lhe alimentar
A ave volta a voar
Lindo seu vôo no ar
A ave
A ave voa sem pressa
Entrecorta o céu
Dá um espetáculo sublime
Mas sabe - ninguém a notar!
E a ave, a voar
Mas há um olhar
Sim, um olhar distante
Quase sem vida
Quase um último suspiro
A contemplar a ave
A ave voa sem pressa
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
SEXTA FEIRA
Um monte de coisas pra fazer, levantei cedo, comecei cedo hoje - pra ver se tudo termina logo, pois adoro ficar em minha rede pra lá e pra cá.
Oba, estou de férias - finalmente!
Acordei cedo hoje, junto com as galinhas, diriam os mais experientes - acordar cedo é legal quando não se tem o que fazer, mas quando se acorda cedo por obrigação é um horrorshow.
Apesar das circunstâncias, acordei cedo e me sinto bem, não por obrigação, mas pelo belo prazer de ver os primeiros raios de sol surgirem, rasgando o véu negro da noite, as nuvens alvas da madrugando sendo substituidas pelo céu azul, como meu querido David Bowie disse "O planeta terra é azul e não há nada que eu possa fazer..." dá até vontade de chorar por constatar minha quase insignificancia perante os acontecimentos, perante coisas grandioas que estão em nosso redor, as vezes me sinto uma partícula mesmo, ai tenho que me lembrar que "Todo homem e toda mulher é uma estrela".
O constante exercício de voltar a sí.
Hoje é sexta feira, quem sabe eu possa me libertar - essa foi boa né. Mas se eu me libertar talvez vá ao mesmo lugar de sempre, falar com as mesmas pessoas de sempre, porém me sentirei perfeitamente feliz.
Bom dia minha querida Virgínia, até agora só você teve coragem de me ler constantemente.
Obrigada!
Beijo querida.
Oba, estou de férias - finalmente!
Acordei cedo hoje, junto com as galinhas, diriam os mais experientes - acordar cedo é legal quando não se tem o que fazer, mas quando se acorda cedo por obrigação é um horrorshow.
Apesar das circunstâncias, acordei cedo e me sinto bem, não por obrigação, mas pelo belo prazer de ver os primeiros raios de sol surgirem, rasgando o véu negro da noite, as nuvens alvas da madrugando sendo substituidas pelo céu azul, como meu querido David Bowie disse "O planeta terra é azul e não há nada que eu possa fazer..." dá até vontade de chorar por constatar minha quase insignificancia perante os acontecimentos, perante coisas grandioas que estão em nosso redor, as vezes me sinto uma partícula mesmo, ai tenho que me lembrar que "Todo homem e toda mulher é uma estrela".
O constante exercício de voltar a sí.
Hoje é sexta feira, quem sabe eu possa me libertar - essa foi boa né. Mas se eu me libertar talvez vá ao mesmo lugar de sempre, falar com as mesmas pessoas de sempre, porém me sentirei perfeitamente feliz.
Bom dia minha querida Virgínia, até agora só você teve coragem de me ler constantemente.
Obrigada!
Beijo querida.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
AMIZADE
Amizade delícia - Priscilla e Patrícia
Amizade fantástica - Rejane e Márcia
Amizade sapeca - Jalna e Leca
Amizade fantástica - Rejane e Márcia
Amizade sapeca - Jalna e Leca
ALEGORIA
Nossa paixão é uma alegoria
Moldada por nossas mãos
Cheia de tristeza e alegria
Cheia de personificação
Nossos olhos quando se encontram
Se enchem de admiração
Como numa valsa - dançam
A beleza de nossa paixão
Mas este sentimento alegórico
Tira nosso ar, nos sufoca
Como um ritual melancólico
Como se fosse uma brisa fria
Cheia de sentimento bucólico
Cheio de dor e agonia
Moldada por nossas mãos
Cheia de tristeza e alegria
Cheia de personificação
Nossos olhos quando se encontram
Se enchem de admiração
Como numa valsa - dançam
A beleza de nossa paixão
Mas este sentimento alegórico
Tira nosso ar, nos sufoca
Como um ritual melancólico
Como se fosse uma brisa fria
Cheia de sentimento bucólico
Cheio de dor e agonia
SAUDADE I
São iguais todas as tardes
O sol quente arde alto no céu
Meu pensamento cheio de saudade
Por um amor grande e que morreu
O vento não alivia nada
Apenas traz em sua brisa
Uma saudade grande e danada
De tanto amor, tanta carícia
Os carinhos que se foram
São momentos que passaram
De um tempo bom e feliz
Se esse tempo não pode voltar
Viverei triste a vagar
Cheia de lágrimas a chorar
O sol quente arde alto no céu
Meu pensamento cheio de saudade
Por um amor grande e que morreu
O vento não alivia nada
Apenas traz em sua brisa
Uma saudade grande e danada
De tanto amor, tanta carícia
Os carinhos que se foram
São momentos que passaram
De um tempo bom e feliz
Se esse tempo não pode voltar
Viverei triste a vagar
Cheia de lágrimas a chorar
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
Os versos que te fiz
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder ...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda ...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !
Amo-te tanto ! E nunca te beijei ...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
UM SORRISO PRA DISFARÇAR COM PLATINADOS - a crônica de um show
Sua vida era uma lama, mas algo a alegrava, o pé de papoula em frente a sua casa. Vez ou outra arrancava uma flor e sugava o mel adocicado entre o talo e as pétalas. E sorria um sorrisinho meio sem graça para si mesma e fingia que o mundo era uma maravilha. Outro dia foi ao cabeleireiro, folheou revistas ilustradas com variados cortes, desistiu de todos, dá só uma aparada nas pontas mesmo... Morria de medo de mudar, tudo nela já estava enraizado, inclusive o “sorrisinho”.
A+B=B+A
Fomos em casal para o show da Platinados, novamente um sorrisinho pra disfarçar, adorava aquele barzinho, várias pessoas conhecidas e graças as forças ocultas lá tinha umas amigas, mas amigas de verdade, de vários anos e tal, umas pirações... Fomos praticamente os primeiros a chegar, sem intenção vimos algumas pessoas chegarem também, mas melhor dissimular e fazer de conta que nada estava acontecendo, põe um sorriso na cara, ficamos um tempão conversando com Shirokuma e o Tony. O Klinger nos presenteou com as entradas francas, isso foi legal, então pensamos, estamos no lugar certo, deixa a noite rolar, mais gente chegando, a Deusa, A Mar com Andréia, depois a Rê a Erica. Queria pedir Socorro, mas a vida corre rápida, deixa rolar. Clóvis e Julia atenciosos – valeu, a casa estava ficando lotada, esperei a Karla chegar, minha amiga de Orkut, foi à primeira vez que nos vimos pessoalmente, chegou a Jalna, minha amiga estava bela – como sempre, também com um sorriso nos lábios, mas até que nos entendemos, Clovis subiu no palco e disse que o show iria começar, palpitação... Não sei como esse processo se dá – o de gostar, porém de uma coisa tenho certeza gosto muito da Platinados, tenho recordações legais de pessoas legais, de uns ensaios da banda na casa de estudante universitário, o Abajur, a festa do Abajur – umas gargalhadas gostosas, tempo bom, coisa pra guardar mesmo dentro do nosso baú de memórias, a banda está no palco agora, dei um abraço no Afrânio e Gleyce, tava tomando uns “latão de Skol”, bom. Procurei lugar bom pra ficar, achei melhor ficar na frente do palco mesmo com a Apoena, minha amiga das locações artísticas, pulei muito, gritei muito, cantei muito, muito mesmo, com Apoena juntas cantamos ao microfone – foi legal, Rê subiu no palco, ei garota não se vá. Rê... o seu rebolado e a sua saia curta, eu já não sei o que fazer... Rê tudo foi muito bem amiga, te gosto, tudo vai dar certo. Itacoatiara, vamos baby vamos pirar em Itacoatiara... O público foi mais uma vez a loucura com o hino da banda, e o show acabou, mas a noite continua...
A+C=C+A
No sábado de manhã as flores vermelhas contrastam com o céu nublado, cinza. Uma chuva fininha mudava a paisagem da mata, as galinhas encolhidas com as penas molhadas e os pintinhos debaixo de suas asas. O vento frio entrava pela janela e refrescava até a alma, melhor, gelava, o olhar vai longe, o pensamento distante, os cabelos embaraçados, a rua deserta e molhada, praticamente todas as casas fechadas, um sonzinho de Pretenders, café quente com creme craque, de volta a janela, aos pensamentos a solidão com si mesma, sua melhor companheira, passa um carro espirra lama, sua vida era uma lama embaçada, misturada com o frio da chuva fina no sábado de manhã, agora sem sorriso pra disfarçar.
A+D=D+A
A+B=B+A
Fomos em casal para o show da Platinados, novamente um sorrisinho pra disfarçar, adorava aquele barzinho, várias pessoas conhecidas e graças as forças ocultas lá tinha umas amigas, mas amigas de verdade, de vários anos e tal, umas pirações... Fomos praticamente os primeiros a chegar, sem intenção vimos algumas pessoas chegarem também, mas melhor dissimular e fazer de conta que nada estava acontecendo, põe um sorriso na cara, ficamos um tempão conversando com Shirokuma e o Tony. O Klinger nos presenteou com as entradas francas, isso foi legal, então pensamos, estamos no lugar certo, deixa a noite rolar, mais gente chegando, a Deusa, A Mar com Andréia, depois a Rê a Erica. Queria pedir Socorro, mas a vida corre rápida, deixa rolar. Clóvis e Julia atenciosos – valeu, a casa estava ficando lotada, esperei a Karla chegar, minha amiga de Orkut, foi à primeira vez que nos vimos pessoalmente, chegou a Jalna, minha amiga estava bela – como sempre, também com um sorriso nos lábios, mas até que nos entendemos, Clovis subiu no palco e disse que o show iria começar, palpitação... Não sei como esse processo se dá – o de gostar, porém de uma coisa tenho certeza gosto muito da Platinados, tenho recordações legais de pessoas legais, de uns ensaios da banda na casa de estudante universitário, o Abajur, a festa do Abajur – umas gargalhadas gostosas, tempo bom, coisa pra guardar mesmo dentro do nosso baú de memórias, a banda está no palco agora, dei um abraço no Afrânio e Gleyce, tava tomando uns “latão de Skol”, bom. Procurei lugar bom pra ficar, achei melhor ficar na frente do palco mesmo com a Apoena, minha amiga das locações artísticas, pulei muito, gritei muito, cantei muito, muito mesmo, com Apoena juntas cantamos ao microfone – foi legal, Rê subiu no palco, ei garota não se vá. Rê... o seu rebolado e a sua saia curta, eu já não sei o que fazer... Rê tudo foi muito bem amiga, te gosto, tudo vai dar certo. Itacoatiara, vamos baby vamos pirar em Itacoatiara... O público foi mais uma vez a loucura com o hino da banda, e o show acabou, mas a noite continua...
A+C=C+A
No sábado de manhã as flores vermelhas contrastam com o céu nublado, cinza. Uma chuva fininha mudava a paisagem da mata, as galinhas encolhidas com as penas molhadas e os pintinhos debaixo de suas asas. O vento frio entrava pela janela e refrescava até a alma, melhor, gelava, o olhar vai longe, o pensamento distante, os cabelos embaraçados, a rua deserta e molhada, praticamente todas as casas fechadas, um sonzinho de Pretenders, café quente com creme craque, de volta a janela, aos pensamentos a solidão com si mesma, sua melhor companheira, passa um carro espirra lama, sua vida era uma lama embaçada, misturada com o frio da chuva fina no sábado de manhã, agora sem sorriso pra disfarçar.
A+D=D+A
sábado, 13 de fevereiro de 2010
MORTIFICAÇÃO - para uma triste história de amor (Marília de Dirceu)
Que história mais triste de contar
Como um conto de Lygia Fagundes Telles
São tantas lágrimas pra chorar
Tanta tristeza de se ver
Como querer morrer
É como noite sem luar
Rio sem navegar
É como ao invés de sorrir
Só chorar... só chorar...
Uma história de aflição
Cheia de tanta ansiedade
Uma espécie de mortificação
Que enche a alma de saudade
História essa muito triste
Que todos hão de convir
Somente a morte é que insiste
Em nos conduzir
Como um conto de Lygia Fagundes Telles
São tantas lágrimas pra chorar
Tanta tristeza de se ver
Como querer morrer
É como noite sem luar
Rio sem navegar
É como ao invés de sorrir
Só chorar... só chorar...
Uma história de aflição
Cheia de tanta ansiedade
Uma espécie de mortificação
Que enche a alma de saudade
História essa muito triste
Que todos hão de convir
Somente a morte é que insiste
Em nos conduzir
CONSOLO
Á noite olhei para o céu
Vi como estava bela a lua
As estrela como um carrossel
Clareavam toda a rua
Pensei em te beijar
Mas longe estavas de mim
Pus-me então a chorar
Como se a vida estivesse no fim
Cantei então uma poesia
De Álvares de Azevedo
Na solidão de minha agonia
Pensava e sentia medo
Mas que bom, logo tudo passou
Como ficar atormentada
Pensar em quem me tem tanto amor
É pra deixar-me consolada
Vi como estava bela a lua
As estrela como um carrossel
Clareavam toda a rua
Pensei em te beijar
Mas longe estavas de mim
Pus-me então a chorar
Como se a vida estivesse no fim
Cantei então uma poesia
De Álvares de Azevedo
Na solidão de minha agonia
Pensava e sentia medo
Mas que bom, logo tudo passou
Como ficar atormentada
Pensar em quem me tem tanto amor
É pra deixar-me consolada
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
SOLIDÃO
O banzeiro do rio
Leva o barco pra lé e pra cá
Sinto um arrepio
Uma vontade de chorar
Uma grande solidão
Ressalta do meu olhar
Um aperto no coração
Uma vontade de mergulhar
Cair nestas águas escuras
Ir nelas e nunca mais voltar
Nas águas do Rio Amazonas
Esse imenso rio mar
Cair neste banzeiro
Não seria a solução
Pois esta tristeza, este desgosto
Ñão sairia do coração
Leva o barco pra lé e pra cá
Sinto um arrepio
Uma vontade de chorar
Uma grande solidão
Ressalta do meu olhar
Um aperto no coração
Uma vontade de mergulhar
Cair nestas águas escuras
Ir nelas e nunca mais voltar
Nas águas do Rio Amazonas
Esse imenso rio mar
Cair neste banzeiro
Não seria a solução
Pois esta tristeza, este desgosto
Ñão sairia do coração
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
FELICIDADE
Estou perdidamente apaixonada
Teus olhos quero beijar
Mas, de ti não recebo nada
Além do desprezar
Essa paixão me corrói o peito
É a causa da minha tristeza
Choro todas as noites, quando deito
A imaginar como seria a beleza
De ter-te tranquilo em meus braços
A beijar-te o rosto
Acariciar inteiro teu corpo
Dar-te todos os meus abraços
Livrar-me da fragilidade
Inundar-me de felicidade
Teus olhos quero beijar
Mas, de ti não recebo nada
Além do desprezar
Essa paixão me corrói o peito
É a causa da minha tristeza
Choro todas as noites, quando deito
A imaginar como seria a beleza
De ter-te tranquilo em meus braços
A beijar-te o rosto
Acariciar inteiro teu corpo
Dar-te todos os meus abraços
Livrar-me da fragilidade
Inundar-me de felicidade
O ANJO
Espero com toda certeza
O anjo lilás vim me buscar
Em seu abraço pureza
A me amar... a me amar...
Este anjo que espero
Tem olhos de alegria
Vai me livrar do desespero
Da agonia... da agonia...
Meu anjo salvador
Cheio de graça angelical
Vai me levar todo mal
Tão cheio de amor
Me levará para sempre daqui
Até o fim... até o fim...
O anjo lilás vim me buscar
Em seu abraço pureza
A me amar... a me amar...
Este anjo que espero
Tem olhos de alegria
Vai me livrar do desespero
Da agonia... da agonia...
Meu anjo salvador
Cheio de graça angelical
Vai me levar todo mal
Tão cheio de amor
Me levará para sempre daqui
Até o fim... até o fim...
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
VULTO
O ruído do vento
Que vem de lugares longínquos
Traz tua imagem em meu pensamento
Em meio a lágrimas e soluços
Tua imagem vem em sorriso
Que arrepia todo meu corpo
Parece um vulto, um presságio
Em meio a lágrimas e soluços
Minhas mãos ficam geladas
Meu olhar é como um susto
Quando mira este vulto
A me olhar em gargalhadas
Como se de mim estivesse zombando
Me aniquilando... me aniquilando...
Que vem de lugares longínquos
Traz tua imagem em meu pensamento
Em meio a lágrimas e soluços
Tua imagem vem em sorriso
Que arrepia todo meu corpo
Parece um vulto, um presságio
Em meio a lágrimas e soluços
Minhas mãos ficam geladas
Meu olhar é como um susto
Quando mira este vulto
A me olhar em gargalhadas
Como se de mim estivesse zombando
Me aniquilando... me aniquilando...
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
FLOR
Essa chuva que cai sem parar
Molha tudo, as casas, a rua
Parece meus olhos de tanto chorar
Sentindo tantas saudades tua
Essa chuva lava minha alma
Leva para longe meus pensamentos
Vou ficando assim, calma
Lembrando apenas bons momentos
Mas, que chuva, que tanta água
Parece o mundo cheio de mágoa
Parece a ira da natureza
Vamos deixar nascer a flor
Numa bela planta, cheia de amor
E esquecer tanta tristeza
Molha tudo, as casas, a rua
Parece meus olhos de tanto chorar
Sentindo tantas saudades tua
Essa chuva lava minha alma
Leva para longe meus pensamentos
Vou ficando assim, calma
Lembrando apenas bons momentos
Mas, que chuva, que tanta água
Parece o mundo cheio de mágoa
Parece a ira da natureza
Vamos deixar nascer a flor
Numa bela planta, cheia de amor
E esquecer tanta tristeza
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
QUERIDA
Minha avó Maria de Nazaré
Sempre quero me lembrar
Seu esposo senhor João José
Comigo irei sempre levar
As mais ternas lembranças
Desse tempo de tanta felicidade
De quando nós éramos crianças
Meus irmãos e eu - traquinagem
O grande quintal para correr
O pé de abiu para subir e pular
Jamais esses dias irei esquecer
E se dá vontade de chorar
Por um momento me ponho a lembrar
De minha avó tão calma a me acariciar
Sempre quero me lembrar
Seu esposo senhor João José
Comigo irei sempre levar
As mais ternas lembranças
Desse tempo de tanta felicidade
De quando nós éramos crianças
Meus irmãos e eu - traquinagem
O grande quintal para correr
O pé de abiu para subir e pular
Jamais esses dias irei esquecer
E se dá vontade de chorar
Por um momento me ponho a lembrar
De minha avó tão calma a me acariciar
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
SAUDADE
Nunca mais quero te ver
Te ver e não te tocar
É como querer morrer
É estar sozinha a sufocar
Nunca mais quero teus beijos
Nunca mais quero chorar
Foi como um sonho, um desejo
Foi como me libertar
Para sempre serás saudade
Que marca no coração
Um misto de mentira e verdade
Que traz tanta emoção
Lágrima alguma dirá
Tudo o que foi sofrido
Um dia o sorriso virá
Pra lembrar o que foi lindo
Ilustração: aquarela de Adelino
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
AMARGURA II
Ví-te um dia tão natural
Nada havia para reparar
Entre todos era igual
Em tudo, até no caminhar
Ví-te um dia assim como és
Uma pessoa, um ser da natureza
Cheio de defeitos e qualidades
Com maldade e beleza
Hoje o dia é diferente
Como uma agonia, uma demência
Pois em meio a tanta gente
Não o encontro, perco a paciência
Hoje o dia é só tormento
São lágrimas e amargura
Pois em todos os meus pensamentos
Só procuro as sepulturas
Nada havia para reparar
Entre todos era igual
Em tudo, até no caminhar
Ví-te um dia assim como és
Uma pessoa, um ser da natureza
Cheio de defeitos e qualidades
Com maldade e beleza
Hoje o dia é diferente
Como uma agonia, uma demência
Pois em meio a tanta gente
Não o encontro, perco a paciência
Hoje o dia é só tormento
São lágrimas e amargura
Pois em todos os meus pensamentos
Só procuro as sepulturas
domingo, 24 de janeiro de 2010
AMARGURA I
Por entre as flores das árvores
Pousam belas borboletas
E no casto céu voam aves
E no chão uma fila de formigas pretas
O vento baila e embala os galhos
Meus cabelos ficam a balançar
Pendem lágrimas dos olhos
Diante de tanta beleza e pesar
Belos sonhos, lindos pensamentos
Que afligem no coração
Tornar-se-ão todos em tormentos
Não resta não, salvação!
Olhar tanta beleza
E ter no peito só amargura
Mas, um dia toda esta natureza
Estará em minha sepultura
Pousam belas borboletas
E no casto céu voam aves
E no chão uma fila de formigas pretas
O vento baila e embala os galhos
Meus cabelos ficam a balançar
Pendem lágrimas dos olhos
Diante de tanta beleza e pesar
Belos sonhos, lindos pensamentos
Que afligem no coração
Tornar-se-ão todos em tormentos
Não resta não, salvação!
Olhar tanta beleza
E ter no peito só amargura
Mas, um dia toda esta natureza
Estará em minha sepultura
PAIXÃO
Para ti toda a minha paixão
Todo bondoso sentimento
Somos almas em eterna união
Nem a morte trará o esquecimento
O vento sopra um murmúrio
Meus olhos se enchem de lágrimas
Como estar à porta dum cemitério
A esperar alegrias póstumas
Vou sempre à vida a suspirar
Esperando os beijos teus
Não posso mais esperar
Nem pensar em adeus
Correrei em tua direção
Com o corpo todo a tremer
És o dono do meu coração
Contigo nada tenho a temer
Todo bondoso sentimento
Somos almas em eterna união
Nem a morte trará o esquecimento
O vento sopra um murmúrio
Meus olhos se enchem de lágrimas
Como estar à porta dum cemitério
A esperar alegrias póstumas
Vou sempre à vida a suspirar
Esperando os beijos teus
Não posso mais esperar
Nem pensar em adeus
Correrei em tua direção
Com o corpo todo a tremer
És o dono do meu coração
Contigo nada tenho a temer
HISTÓRIAS DE ÁGUAS MORTAS - Projeto
LÁGRIMAS
Todas as luzes estão acesas, a música toca no velho aparelho dando uns estalos de vez em quando, coisa de disco velho.
Passos viciados em redor do quarto, cabelo despenteado e pensamentos nebulosos na cabeça. Uma imensa dor rebenta peito adentro, tomando conta de todos os sentidos, uma coisa de desespero, uma coisa de tristeza, amargura, escuridão interna.
Apagan-se as luzes agora, é hora de tentar adormecer, a cama, o teto, tudo rodopiando em nuvens de fumaça, incenso no ar, hora de sonhar.
A alma tenta se libertar, se atirar precipício abaixo, quer voar. Dizer não as amarras, não aos comandos, não a bestificação.
Alma liberta quer sair.
Os sonhos chegam indefinidos, imagens que vão se formando em partes desiguais, rostos desconhecidos, lugares ignorados, pesadelo.
Não há mais música no quarto, somente o frio impera, o frio e a melancolia, paredes cheias de musgos, um cheiro abafado e sem vida, travesseiro companheiro inseparável, e lágrimas que formam imagens no rosto.
sábado, 23 de janeiro de 2010
ACALANTO
Não posso te esquecer
São dias e noites em claro
Como se quisesse morrer
E nunca cessar este choro
Passar a vida chorando
Sentindo tanta saudade
Querendo-te, pra sempre querendo
Não ter-te é muita maldade
Serás sempre meu bem
Guardado dentro do peito
Onde eu for, irás também
Minha paz, meu acalanto
Só tua voz me acalma
Os teus beijos me embalam
És o dono da minha alma
Dos braços que me salvam
São dias e noites em claro
Como se quisesse morrer
E nunca cessar este choro
Passar a vida chorando
Sentindo tanta saudade
Querendo-te, pra sempre querendo
Não ter-te é muita maldade
Serás sempre meu bem
Guardado dentro do peito
Onde eu for, irás também
Minha paz, meu acalanto
Só tua voz me acalma
Os teus beijos me embalam
És o dono da minha alma
Dos braços que me salvam
AGONIA I
Perco-te em meus olhos
Que andam somente a tua procura
São como folhas perdidas
Que encontram a amargura
Em minhas mãos ficaram as marcas
Do calor do corpo teu
Como uma ferida em brasa
De um sonho que morreu
Mas, como esquecer este sonho?
Durmo e acordo todos os dias
Pensando um pensamento tristonho
Que me amarga em agonia
Espero o dia chegar
Com esperança e amor
Ter os teus braços a me abraçar
A me encher de calor
Que andam somente a tua procura
São como folhas perdidas
Que encontram a amargura
Em minhas mãos ficaram as marcas
Do calor do corpo teu
Como uma ferida em brasa
De um sonho que morreu
Mas, como esquecer este sonho?
Durmo e acordo todos os dias
Pensando um pensamento tristonho
Que me amarga em agonia
Espero o dia chegar
Com esperança e amor
Ter os teus braços a me abraçar
A me encher de calor
AFETO
Só de pensar em te ver
Meu peito parece que explode
Beijar-te, abraçar-te e viver
Contigo até a morte
Isso seria perfeito
Como uma imensa alegria
Dar-te o amor que tenho no peito
Toda hora, todo dia
Sentir pra sempre teus carinhos
Tuas mãos afagando meus cabelos
A cobrir-me inteira de beijinhos
Arrepiando-me os pêlos
Amor! Isso seria perfeito
Uma vida inteira só pra nós dois
Pra desfrutar-mos o afeto
E adormecermos depois
Meu peito parece que explode
Beijar-te, abraçar-te e viver
Contigo até a morte
Isso seria perfeito
Como uma imensa alegria
Dar-te o amor que tenho no peito
Toda hora, todo dia
Sentir pra sempre teus carinhos
Tuas mãos afagando meus cabelos
A cobrir-me inteira de beijinhos
Arrepiando-me os pêlos
Amor! Isso seria perfeito
Uma vida inteira só pra nós dois
Pra desfrutar-mos o afeto
E adormecermos depois
PARTIDA
É tarde da noite
E chove forte lá fora
Penso na vida e na morte
Não sei se fico ou vou embora
Esse pensamento tristonho
Que amarga meu peito em agonia
Não finda como um mal sonho
Que dura a noite inteirinha
Sonho mal como um presságio
Que atordoa meus pensamentos
Não sei se findo ou reajo
Perante todos os lamentos
Mas a noite é só escuridão
Que meus pensamentos atordoa
Irá amanhecer numa lentidão
Como uma canção que entoa
E chove forte lá fora
Penso na vida e na morte
Não sei se fico ou vou embora
Esse pensamento tristonho
Que amarga meu peito em agonia
Não finda como um mal sonho
Que dura a noite inteirinha
Sonho mal como um presságio
Que atordoa meus pensamentos
Não sei se findo ou reajo
Perante todos os lamentos
Mas a noite é só escuridão
Que meus pensamentos atordoa
Irá amanhecer numa lentidão
Como uma canção que entoa
DESPEDIDA
Que cena triste de se ver
Dá até vontade de chorar
O amor não pode florescer
Em meio a um mundo tão vulgar
Até o passarinho que cantava
Foi-se embora do quintal
Foi e parecia até que chorava
Quando ouvi seu canto final
O céu perdeu todo o brilho
E a flor perdeu sua cor
O dia ficou triste e perdido
Num emaranhado de dor
Nem o vento que antes refrescava
Que trazia tanto contentamento
Enxugam as lágrimas que eu chorava
Na hora da despedida, do lamento
Dá até vontade de chorar
O amor não pode florescer
Em meio a um mundo tão vulgar
Até o passarinho que cantava
Foi-se embora do quintal
Foi e parecia até que chorava
Quando ouvi seu canto final
O céu perdeu todo o brilho
E a flor perdeu sua cor
O dia ficou triste e perdido
Num emaranhado de dor
Nem o vento que antes refrescava
Que trazia tanto contentamento
Enxugam as lágrimas que eu chorava
Na hora da despedida, do lamento
PRESENTE
Tive uma grande alegria singela
Que encheu meu coração de alegria
Ganhei um livro com poesias de Florbela
Para acalmar meu peito que doia
Foi um presente tão maravilhoso
Que em minhas mãos segurei
Abracei ao peito venturoso
O singelo presente que ganhei
Comecei a ler e as lágrimas frias
Que em mim estavam contidas
Foram minando por uma nostalgia
Ao lembrar-me o dia de tua partida
Que dia triste e sem esperança
Aquele em que nós dois nos despedimos
Guardo-o sempre em minha lembrança
Aquele dia em que nós dois partimos
CHORAR
Andei tanto a te procurar
Como quem procura um sonho
Sabia que iria te encontrar
Neste caminha enfadonho
Foram momentos de dor e prazer
Que ficaram na lembrança
Estar contigo, ver o dia amanhecer
Embalada em teu peito feito criança
As lágrimas que caem de meus olhos
Por saberem que não vão mais te ver
Desfazem em mim todos os sonhos
Esvai toda vontade de viver
Quisera eu estar contigo meu bem
Nesta fria noite sem luar
Porém sei que você nunca mais vem
Então me ponho somente a chorar
Como quem procura um sonho
Sabia que iria te encontrar
Neste caminha enfadonho
Foram momentos de dor e prazer
Que ficaram na lembrança
Estar contigo, ver o dia amanhecer
Embalada em teu peito feito criança
As lágrimas que caem de meus olhos
Por saberem que não vão mais te ver
Desfazem em mim todos os sonhos
Esvai toda vontade de viver
Quisera eu estar contigo meu bem
Nesta fria noite sem luar
Porém sei que você nunca mais vem
Então me ponho somente a chorar
PESAR
O vento sopra uma poeira seca
Que sobe e se dispersa no ar
Tão triste meu ser fica
Em lembrar que não vais voltar
Essa poeira que vai com o vento
Não é boa e nem má
Apenas divaga meu pensamento
Por alguém que não vai voltar
Minhas mãos sequer darão adeus
Neste momento triste e singular
Meus olhos se perderão dos teus
Em lágrimas a deslizar
Por minha face desnuda
A chorar uma utopia profunda
Quando todas as palavras forem mudas
Cheia de pesar minha alma inunda
Que sobe e se dispersa no ar
Tão triste meu ser fica
Em lembrar que não vais voltar
Essa poeira que vai com o vento
Não é boa e nem má
Apenas divaga meu pensamento
Por alguém que não vai voltar
Minhas mãos sequer darão adeus
Neste momento triste e singular
Meus olhos se perderão dos teus
Em lágrimas a deslizar
Por minha face desnuda
A chorar uma utopia profunda
Quando todas as palavras forem mudas
Cheia de pesar minha alma inunda
NATALIDADE
Só quero contemplar o céu
E sua beleza infinita
Secou a taça cheia de fel
Nasceu uma poesia tão bonita
Como se fosse uma natalidade
Numa manhã tão venturosa
A casa encheu-se de felicidade
Manhã com perfume de rosa
Com passarinhos no quintal
A entoar uma bela canção
Só existe o bem, não há mal
Nesta manhã cheia de emoção
Não há lágrimas para chorar
Há sorrisos para sorrir
Uma serenidade no olhar
Nunca mais pensar em partir
E sua beleza infinita
Secou a taça cheia de fel
Nasceu uma poesia tão bonita
Como se fosse uma natalidade
Numa manhã tão venturosa
A casa encheu-se de felicidade
Manhã com perfume de rosa
Com passarinhos no quintal
A entoar uma bela canção
Só existe o bem, não há mal
Nesta manhã cheia de emoção
Não há lágrimas para chorar
Há sorrisos para sorrir
Uma serenidade no olhar
Nunca mais pensar em partir
NUVENS COR DE ROSA
Escrevi este conto com elementos que tirei de um passeio, numa tarde qualquer, caminhando entre amigos pela antiga ponte da avenida sete de setembro. O conto foi agraciado com o primeiro lugar no concurso de contos do SESC AM, no ano de 2006, fiquei feliz, logicamente, em ver o resultado de um trabalho feito com carinho, aliás trabalho este que realmente dignifica o ser, o egocentrismo em especial, me senti feliz, sem vergonha de admitir.
Agora, como que revivendo o momento tão peculiar que me aconteceu, ocorreu-me criar este painel, aberto em cor de rosa, para postar minhas publicações e oferta-las a quem as queira.
Beijos em cor de rosa...
Agora, como que revivendo o momento tão peculiar que me aconteceu, ocorreu-me criar este painel, aberto em cor de rosa, para postar minhas publicações e oferta-las a quem as queira.
Beijos em cor de rosa...
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